Cédric - Terça-feira 24 Setembro 2024

Vídeo: este monte submarino do Pacífico esconde espécies até então desconhecidas

Uma montanha submarina, mais alta do que se pensava. Espécies desconhecidas e paisagens marinhas inexploradas. Os abismos do Pacífico escondem muitos segredos, uma missão científica se aventurou nessas profundezas para desvendar alguns deles.


Foi ao largo do Chile, na dorsal de Nazca, que tudo aconteceu. A cerca de 1.500 quilômetros da costa, um novo monte submarino com 3.109 metros de altura foi cartografado pela primeira vez pelo Schmidt Ocean Institute. Esta cadeia de montanhas submarinas é uma das áreas a serem protegidas prioritariamente pela comunidade internacional.

A expedição durou 28 dias e revelou uma biodiversidade excepcional. Ao explorar a encosta do monte, um robô submarino descobriu jardins de esponjas e corais antigos, nunca antes observados nesta região. Um jardim de corais profundos, com uma área de 800 metros quadrados, abriga uma multitude de criaturas: peixes de rocha, estrelas frágeis e caranguejos reais.


Os cientistas também observaram pela primeira vez um calamar do gênero *Promachoteuthis*, um espécime extremamente raro. Até agora, este cefalópode tinha sido descrito apenas com base em indivíduos mortos capturados em redes. Criaturas surpreendentes, como o sifonóforo Bathyphysa, apelidado de "monstro espaguete voador", também foram avistadas.

Os pesquisadores exploraram um total de dez montes submarinos durante esta expedição. Descobriram cerca de vinte espécies potencialmente novas. Entre essas descobertas, um polvo Casper, avistado pela primeira vez no Pacífico Sul, continua a intrigar os especialistas.


Expedição nos montes submarinos do Sudeste do Pacífico

Para o professor Alex David Rogers, do Ocean Census, essas descobertas reforçam a importância de preservar esses habitats únicos. As espécies encontradas nesses montes submarinos não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo. Sua proteção torna-se essencial para manter a diversidade marinha e entender como esses ecossistemas funcionam.

Os dados recolhidos durante esta missão serão compartilhados com o Ocean Census, uma aliança mundial dedicada ao estudo da vida oceânica. O objetivo é acelerar a descoberta de novas espécies marinhas. Segundo Tomer Ketter do Schmidt Ocean Institute, essas informações poderão orientar as políticas futuras para proteger esses ambientes ainda intactos.

Cada nova expedição traz mais luz sobre essas montanhas escondidas. Um conhecimento mais aprofundado desses relevos submarinos pode ter impactos significativos na biodiversidade marinha e nas futuras estratégias de conservação.

Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: Schmidt Ocean Institute
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