O desenvolvimento tecnológico não para de ultrapassar os limites da engenhosidade. Um exemplo marcante disso é o Nezha-SeaDart, um drone anfíbio desenvolvido por pesquisadores da Universidade Jiao Tong de Xangai, que pode transformar significativamente as operações marítimas e aéreas.
O Nezha-SeaDart destaca-se por sua capacidade de operar tanto no ar quanto debaixo d'água. Como um veículo de decolagem e pouso verticais (eVTOL), pode não apenas voar como um avião convencional, mas também mergulhar para realizar missões subaquáticas. Com um design de asa delta, este aparelho é capaz de decolar e pousar sobre sua cauda, tanto em terra quanto na água, antes de mergulhar rapidamente sob as ondas para realizar tarefas específicas, retornando à superfície para retomar o voo.
A versatilidade do Nezha-SeaDart abre caminho para diversas aplicações. Na pesquisa marinha, poderia ser uma ferramenta valiosa, capaz de explorar e coletar dados em ambientes subaquáticos de difícil acesso. Também pode desempenhar um papel crucial em operações de busca e resgate, onde sua capacidade de se mover rapidamente por vastas áreas seria um grande trunfo. Além disso, suas capacidades discretas de navegação submarina podem torná-lo indispensável em missões militares de reconhecimento ou infiltração.
Em testes recentes conduzidos no lago das Mil Ilhas, na China, o Nezha-SeaDart demonstrou sua eficácia ao navegar sem esforço pela terra, água e ar. Esses testes buscavam validar sua versatilidade em diferentes ambientes, confirmando assim seu potencial como uma ferramenta multifuncional para missões complexas.
As perspectivas oferecidas pelo Nezha-SeaDart são vastas. Além da pesquisa científica e operações militares, ele poderia ser utilizado no setor comercial, especialmente para serviços de transporte e entrega em áreas costeiras e insulares. Este drone anfíbio representa um avanço significativo no campo das tecnologias de transporte, e suas capacidades podem transformar nossa forma de interagir com os ambientes naturais.
Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: Journal of Field Robotics