Adrien - Quarta-feira 5 Fevereiro 2025

O Universo está se expandindo mais rápido do que o esperado: o que podemos concluir? 🔭

O Universo parece estar se expandindo a uma velocidade vertiginosa, muito mais rápida do que o previsto. Um estudo recente reforça essa observação, confirmando uma expansão que contradiz os modelos teóricos atuais.

Essa descoberta, publicada na The Astrophysical Journal Letters, apoia a existência de uma tensão na constante de Hubble, um parâmetro fundamental para entender a expansão do Universo. As medições atuais não correspondem às previsões baseadas em nosso entendimento da física.


Imagem ilustrativa Pixabay

Dan Scolnic, professor associado da Universidade Duke, compara essa situação a um gráfico de crescimento do Universo. Os modelos cosmológicos atuais não conseguem conectar de forma consistente o estado inicial do Universo ao seu estado atual.

Para medir essa expansão, os cientistas usam uma escala de distância cósmica. Esse método se baseia em objetos celestes, como as supernovas do tipo Ia, para estimar as distâncias no Universo.


A equipe de Scolnic usou dados do Dark Energy Spectroscopic Instrument (DESI) para medir com precisão a distância do aglomerado de Coma, um grupo de galáxias próximo. Essa medição permitiu calibrar a escala de distância cósmica.

O resultado obtido, uma constante de Hubble igual a 76,5 quilômetros por segundo por megaparsec, confirma as medições anteriores da expansão local do Universo. No entanto, esse valor continua em desacordo com as previsões baseadas no Universo distante.

Essa divergência sugere que nossos modelos cosmológicos podem precisar de revisão. As pesquisas de Scolnic e sua equipe abrem caminho para novas perspectivas sobre a estrutura e a evolução do Universo.

As implicações dessas descobertas são vastas. Elas podem não apenas questionar nosso entendimento da física fundamental, mas também revelar aspectos desconhecidos do Universo. Os cientistas continuam explorando esses mistérios, com a esperança de desvendar os segredos da expansão cósmica.

O que é a constante de Hubble?


A constante de Hubble é um parâmetro fundamental em cosmologia que quantifica a velocidade de expansão do Universo. Ela é nomeada em homenagem ao astrônomo Edwin Hubble, que descobriu em 1929 que as galáxias estão se afastando de nós a uma velocidade proporcional à sua distância.

Essa constante é crucial para entender a idade e o tamanho do Universo. Ela também permite relacionar as observações atuais às condições iniciais do Universo, como as descritas pelo Big Bang.

Os métodos para medir a constante de Hubble variam, mas geralmente envolvem o uso de objetos celestes como supernovas do tipo Ia ou cefeidas, que servem como "velas padrão" para estimar distâncias cósmicas.

A tensão atual em torno da constante de Hubble, onde as medições locais e distantes não concordam, sugere que nosso entendimento do Universo pode estar incompleto ou exigir uma revisão dos modelos cosmológicos.

Como funciona a escala de distância cósmica?



A escala de distância cósmica é um método usado pelos astrônomos para medir distâncias no Universo. Ela se baseia em uma série de técnicas, cada uma calibrada pela anterior, permitindo passar de distâncias próximas para distâncias mais distantes.

O primeiro "degrau" dessa escala é frequentemente baseado em objetos próximos, como as estrelas variáveis cefeidas, cujo brilho varia de maneira previsível. Essas estrelas são usadas para calibrar as distâncias de objetos mais distantes, como as supernovas do tipo Ia.

As supernovas do tipo Ia, devido ao seu brilho intrínseco conhecido, são usadas para medir distâncias ainda maiores, até os confins do Universo observável. Esse método permite construir uma escala de distâncias precisa e consistente.

O uso dessa escala é essencial para determinar parâmetros cosmológicos-chave, como a constante de Hubble, e para testar os modelos teóricos do Universo.

Fonte: The Astrophysical Journal Letters
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