Adrien - Quinta-feira 27 Março 2025

Uma nova tecnologia de naves nucleares para explorar o Sistema Solar 🚀

Uma start-up britânica revelou um projeto audacioso que poderia transformar a exploração espacial. Sua ideia? Usar a fusão nuclear para impulsionar uma frota de foguetes reutilizáveis, apelidados de Sunbirds, capazes de reduzir consideravelmente os tempos de viagem no Sistema Solar.


Os Sunbirds poderiam ser armazenados em órbita.
Crédito: Pulsar Fusion

Esses foguetes, desenvolvidos pela Pulsar Fusion, utilizariam um motor de fusão nuclear inovador, o Duel Direct Fusion Drive (DDFD). Esse sistema promete velocidades de ejeção muito superiores às das tecnologias atuais, reduzindo, por exemplo, o tempo de viagem para Marte pela metade. Os primeiros testes dessa tecnologia estão previstos para este ano, com o objetivo de colocação em órbita até 2027.

O conceito dos Sunbirds baseia-se em plataformas onde os foguetes seriam armazenados antes de serem implantados. Eles poderiam atuar como "rebocadores espaciais", acoplados a outras naves espaciais. Essa abordagem poderia reduzir os custos de missões espaciais de longa distância.


Os Sunbirds poderiam servir como rebocadores espaciais, impulsionando as naves para fora da órbita terrestre.
Crédito: Pulsar Fusion


Ao contrário dos reatores de fusão terrestres, que buscam produzir energia de forma contínua, os motores DDFD funcionariam por impulsos curtos. Eles utilizariam uma mistura de deutério e hélio-3, um isótopo raro, para gerar prótons propulsivos. Essa reação, mais simples de realizar no espaço, se beneficia das condições naturais de vácuo e temperaturas extremamente baixas.

Os Sunbirds também poderiam servir como baterias espaciais, alimentando os sistemas das naves às quais estão acoplados. Seu design robusto, com blindagem espessa, os protege da radiação cósmica e dos micrometeoritos. Cada foguete custaria cerca de 90 milhões de dólares, mas as economias obtidas nas missões espaciais justificariam esse investimento.


Estações de acoplamento orbitais poderiam permitir viagens espaciais mais rápidas e econômicas.
Crédito: Pulsar Fusion

Os primeiros testes do motor DDFD ocorrerão este ano em câmaras de vácuo gigantes na Inglaterra. Embora a fusão real ainda não seja viável, esses testes permitirão validar o conceito. A Pulsar também planeja uma demonstração orbital em 2027, mas o cronograma para um protótipo funcional ainda é incerto.

Como funciona a fusão nuclear no espaço?


A fusão nuclear consiste em fundir núcleos atômicos leves para liberar uma energia colossal. Na Terra, reatores de fissão, como os tokamaks, buscam fundir deutério e trítio para produzir energia de forma contínua. No espaço, o motor DDFD usa uma mistura de deutério e hélio-3, um isótopo raro, para gerar prótons propulsivos.

Essa reação é mais simples de realizar no espaço devido ao vácuo natural e às temperaturas extremamente baixas. Ao contrário dos reatores terrestres, o DDFD funciona por impulsos curtos, o que reduz as restrições técnicas. Os prótons produzidos são diretamente utilizados para propulsão, oferecendo velocidades de ejeção muito superiores às dos motores químicos tradicionais.


Vídeo conceitual dos Sunbirds em ação.
Crédito: Pulsar Fusion

O hélio-3, embora raro na Terra, poderia ser extraído da superfície lunar no futuro, tornando essa tecnologia mais acessível. Essa abordagem abre caminho para viagens espaciais mais rápidas e econômicas, reduzindo a dependência de combustíveis químicos.

Quais são as vantagens dos Sunbirds?



Esses foguetes reutilizáveis poderiam reduzir pela metade o tempo de viagem para Marte, tornando as missões interplanetárias mais viáveis. Seu design como "rebocadores espaciais" permite impulsionar outras naves a partir da órbita terrestre, evitando os custos e riscos associados aos lançamentos a partir da superfície.

Além de seu papel de propulsão, os Sunbirds poderiam servir como baterias espaciais, alimentando os sistemas das naves às quais estão acoplados. Sua blindagem robusta os protege da radiação cósmica e dos micrometeoritos, garantindo maior durabilidade no ambiente espacial hostil.

Fonte: Pulsar Fusion
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