Adrien - Terça-feira 24 Dezembro 2024

Um recorde absoluto de velocidade para a humanidade na véspera de Natal 🚀

A sonda Parker Solar Probe, lançada em 2018, continua sua missão para explorar a coroa solar. Ela se aproximou progressivamente de nossa estrela graças a várias manobras orbitais engenhosas, incluindo múltiplos sobrevoos de Vênus.

Os engenheiros esperam um recorde de aproximação sem precedentes na manhã de 24 de dezembro, acompanhado de uma velocidade jamais alcançada por um artefato fabricado pelo homem.


Créditos: NASA GSFC/CIL/Brian Monroe

Segundo estimativas, Parker pode atingir velocidades superiores a 700.000 km/h durante este sobrevoo. Esse desempenho a posiciona como o objeto mais rápido já criado pela humanidade. Submetida a temperaturas superiores a 1400 graus Celsius, a sonda é protegida por um escudo térmico que isola seus instrumentos. Os técnicos explicam que esse revestimento de carbono composto dissipa eficazmente o calor, preservando os equipamentos eletrônicos a bordo.


Desde 2021, a sonda conseguiu atravessar a coroa solar. Os pesquisadores observam, assim, diretamente os ventos coronais, fluxos de partículas de alta velocidade ejetadas pela nossa estrela. A equipe afirma que cada sobrevoo fornece novos dados para compreender a energia e as temperaturas extremas nessa região.

A sonda utiliza a assistência gravitacional de Vênus para se aproximar ainda mais do Sol. Esse método economiza combustível e ajusta levemente a trajetória em direção à coroa. Os especialistas destacam que, sem esses sobrevoos planetários, alcançar uma proximidade tão grande seria praticamente impossível.

Este período coincide com a intensa atividade do ciclo solar, frequentemente chamado de máximo solar. Manchas solares, erupções e ejeções de massa coronal tornam-se mais frequentes nessa fase. As medições realizadas oferecem informações sobre a evolução do campo magnético do Sol, facilitando a previsão de distúrbios espaciais que podem afetar satélites ou redes elétricas.


Os múltiplos sobrevoos de Vênus permitem que a sonda se aproxime mais do Sol.
Créditos: NASA/JPL/HORIZONS system

Membros do projeto mencionam que essas observações remetem ao feito histórico dos primeiros passos na Lua. Eles consideram que este sobrevoo representa um avanço significativo na compreensão de nossa estrela. A comparação ilustra a importância de ultrapassar novas fronteiras no próprio coração do nosso Sistema Solar.

A sonda Parker Solar Probe deverá realizar vários outros sobrevoos até 2025. Seu combustível eventualmente se esgotará, resultando em sua lenta desintegração sob a influência das forças do Sol. Os pesquisadores supõem que o escudo térmico, no entanto, pode sobreviver em órbita por vários milênios, servindo como testemunho da engenhosidade empregada para explorar a coroa solar.

É mais difícil alcançar o Sol do que deixar o Sistema Solar



Reduzir sua velocidade orbital ao redor do Sol exige uma enorme quantidade de energia. As leis da gravidade determinam que, para “descer” em direção à nossa estrela, um artefato precisa desacelerar substancialmente.

Por outro lado, afastar-se exige um acúmulo gradual de velocidade. Isso é mais simples, pois o movimento de afastamento utiliza o impulso inicial da Terra.

Para alcançar as proximidades do Sol, é necessário compensar a velocidade que a Terra oferece em sua órbita ao redor da estrela. Anular essa velocidade exige mais energia do que se propulsar para além do cinturão de Kuiper.

Por essa razão, a missão Parker Solar Probe realizou múltiplos sobrevoos de Vênus, que permitiram desacelerar e ajustar sua órbita, possibilitando uma aproximação cada vez maior do Sol.

Fonte: NASA
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