Adrien - Segunda-feira 11 Agosto 2025

💧 Um megaressecamento está ocorrendo no hemisfério norte, e não estava previsto

Os continentes terrestres estão sofrendo uma perda de água doce sem precedentes desde 2002. Um estudo recente destaca quatro zonas de 'megaressecamento' no hemisfério norte.


Imagem ilustrativa Pixabay

O 'megaressecamento' refere-se a uma perda acelerada e generalizada das reservas de água doce em vastas áreas continentais. Esse fenômeno, observado desde 2002, deve-se principalmente à atividade humana e às mudanças climáticas.

As observações por satélite revelam uma tendência alarmante: as reservas de água doce estão diminuindo em um ritmo acelerado. Essa situação resulta da mudança climática, da superexploração dos lençóis freáticos e das secas extremas. Os pesquisadores destacam o grande impacto na segurança hídrica e na agricultura.

O estudo, publicado na Science Advances, mostra que 75% da população mundial vive em países com déficit hídrico. Os dados das missões GRACE e GRACE-FO, cobrindo mais de duas décadas, oferecem uma visão clara das tendências hidrológicas.


Esta figura ilustra as tendências de longo prazo do armazenamento terrestre de água, médias por país (2/2003-4/2024).
Crédito: Arizona State University e missões GRACE e GRACE-FO teuto-americanas.


Os pesquisadores identificaram um ponto de inflexão por volta de 2014-2015, marcado por eventos climáticos extremos. Desde então, as regiões secas estão se expandindo principalmente no hemisfério norte, invertendo uma tendência histórica. Essa oscilação, não relatada anteriormente, agrava a situação em áreas já vulneráveis.

As consequências desse ressecamento continental são múltiplas: ameaças à biodiversidade, insegurança alimentar e instabilidade social. A adaptação a essas mudanças é crucial para as gerações futuras.

Fonte: Science Advances
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