Cédric - Quarta-feira 11 Dezembro 2024

O sol em breve em "zona de combate": um período de turbulências extremas ☀️

Ventos solares de tirar o fôlego, buracos coronais gigantes e auroras espetaculares: é isso que promete a "zona de combate", uma fase pouco conhecida, mas temida, do ciclo solar. Esse fenômeno pode perturbar os satélites e marcar de forma duradoura o nosso céu noturno.


O ciclo solar, com duração de 11 anos, é acompanhado por fases alternadas de baixa e alta atividade magnética. Atualmente, o Sol aproxima-se do seu máximo solar, previsto para 2025. Esse pico de atividade, já visível, é caracterizado pelo aumento das erupções solares e das tempestades geomagnéticas.

Após esse máximo, uma etapa crítica aguarda nossa estrela: a "zona de combate". Esse termo, popularizado pelos especialistas da Lynker Space, designa um período em que dois ciclos magnéticos solares entram em competição, desencadeando perturbações significativas. Essa fase é marcada pelo surgimento de buracos coronais, fontes de ventos solares poderosos.


Esses ventos, compostos por partículas carregadas, viajam a velocidades vertiginosas de 700 km/s. Quando alcançam a Terra, podem perturbar os satélites em órbita, alterar as comunicações e até mesmo desorientar os sistemas de GPS. Esses fenômenos, já monitorados, tendem a se intensificar em 2025.

Essa agitação será ainda amplificada pelo chamado "ciclo de Hale", que corresponde ao final de um período de 22 anos. No fim desse ciclo, as faixas magnéticas solares se encontram, criando uma tensão que favorece ainda mais a formação dos buracos coronais.

Para os astrônomos, essa "zona de combate" é um verdadeiro campo de pesquisa. Ela é difícil de ser prevista com precisão, mas seus impactos são bastante reais. Atualmente, missões como o Solar Dynamics Observatory monitoram esses buracos coronais, tentando antecipar os ventos solares mais violentos.

Além disso, essa fase pode oferecer um espetáculo celestial único: auroras visíveis em latitudes incomuns, iluminando o céu com flashes coloridos. Uma oportunidade rara para os amantes de fenômenos naturais.

Embora as consequências na Terra permaneçam limitadas para a população em geral, a principal preocupação recai sobre as infraestruturas espaciais. Operadores de satélites já estão se preparando para enfrentar esses desafios tecnológicos e minimizar os riscos associados às anomalias geomagnéticas.

O Sol, apesar de sua distância, continua a exercer uma influência significativa sobre nosso planeta. Observar e compreender seus ciclos é essencial para antecipar seus caprichos, às vezes imprevisíveis, mas sempre fascinantes.

Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: Linker Space
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