Redbran - Quarta-feira 25 Junho 2025

San Andreas: o "Big One" está atrasado, e isso não é nada bom

A falha de San Andreas, essa cicatriz visível desde o espaço, atravessa a Califórnia por mais de 1.200 quilômetros. Ela separa duas placas tectônicas que deslizam uma contra a outra, moldando a paisagem ao longo dos milênios.

Os terremotos gerados por essa falha podem atingir magnitudes impressionantes, como o de 1906, com magnitude 7.8, que devastou São Francisco. A escala de magnitude, logarítmica, significa que um terremoto de magnitude 8 é trinta vezes mais poderoso que um de magnitude 7.


A falha está dividida em três segmentos, cada um com seu próprio comportamento sísmico. O segmento sul, perto de Los Angeles, é particularmente monitorado devido ao seu potencial destrutivo. Já o segmento central se move lentamente sem provocar terremotos maiores.

Os cientistas estudam os ciclos sísmicos para tentar entender quando o próximo grande terremoto pode ocorrer, já chamado de "Big One". Embora seja impossível prever com precisão, os dados históricos sugerem que algumas seções da falha estão atrasadas em relação ao seu ciclo habitual, o que poderia resultar em um ajuste violento.

As consequências de um futuro terremoto na falha de San Andreas podem ser catastróficas, com milhares de vítimas e danos materiais consideráveis. Urbanistas e engenheiros trabalham incessantemente para tornar as infraestruturas mais resistentes.


O intervalo entre grandes terremotos na falha de San Andreas varia conforme os segmentos. Alguns têm terremotos maiores a cada século, outros a cada milênio.
Crédito: USGS


Como as placas tectônicas influenciam os terremotos?



As placas tectônicas são pedaços da crosta terrestre que flutuam sobre o manto viscoso. Seu movimento lento, mas constante, é a origem da maioria dos terremotos.

Quando duas placas se encontram, elas podem se afastar, colidir ou deslizar uma contra a outra. É este último caso que caracteriza a falha de San Andreas.

Os atritos entre as placas podem causar bloqueios. A energia acumulada durante esses bloqueios é liberada abruptamente durante um terremoto, causando ondas sísmicas que abalam a superfície.

Entender esses mecanismos permite que os cientistas avaliem melhor os riscos sísmicos e trabalhem em sistemas de alerta precoce.

O que é a escala Richter e como ela funciona?


A escala Richter é uma medida logarítmica usada para quantificar a energia liberada por um terremoto. Cada aumento de um ponto representa uma multiplicação por dez na amplitude das ondas sísmicas.

Ao contrário do que se pensa, essa escala não tem limite superior. Os terremotos mais poderosos já registrados atingiram magnitudes próximas a 9,5.

Essa escala permite comparar a energia dos terremotos entre si, mas não dá uma indicação direta dos danos causados. Estes também dependem da profundidade do epicentro e da natureza dos solos.

Hoje, os sismólogos frequentemente usam a escala de magnitude momento, mais precisa para terremotos muito grandes, mas o princípio básico permanece similar.
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