Cédric - Terça-feira 10 Dezembro 2024

Postar nas redes sociais pode prejudicar sua saúde mental 🧠

Sua última publicação nas redes sociais poderia afetar seu bem-estar mais do que você imagina? Pesquisadores do University College London (UCL) revelam conexões preocupantes entre a frequência das postagens nas redes sociais e o aumento dos transtornos psicológicos. Esses resultados levantam questões sobre o impacto real dos nossos hábitos digitais.


Ao analisar o comportamento de 15.000 participantes britânicos, os cientistas descobriram uma tendência alarmante: os usuários que postam com frequência apresentam um aumento nos índices de sofrimento psicológico. Mais surpreendente ainda, os simples espectadores parecem estar poupados desses efeitos negativos.

Por que postar seria tão prejudicial? Segundo os pesquisadores, a ansiedade relacionada ao julgamento dos outros e a possíveis interações negativas podem desempenhar um papel crucial. Esses fatores estão especificamente associados à atividade de publicação, em oposição à simples consulta passiva.


Para quantificar esses impactos, os pesquisadores usaram o General Health Questionnaire (GHQ), uma ferramenta de referência para avaliar o estresse e outros transtornos psicológicos. O GHQ-12, utilizado neste estudo, avalia a saúde mental por meio de 12 perguntas sobre sintomas recentes como estresse, distúrbios do sono ou dificuldade de concentração. Cada resposta é avaliada de 0 (nenhum sintoma) a 3 (sintoma grave), com uma pontuação total variando de 0 a 36. Uma pontuação alta indica maior sofrimento psicológico.

Os resultados do teste foram claros: postar diariamente nas redes sociais leva a um aumento modesto, mas significativo, na pontuação do GHQ, com um aumento médio de 0,35 ponto. Essa tendência persiste independentemente da idade ou do gênero dos participantes.

Para os autores do estudo, essas descobertas destacam a necessidade de promover usos mais saudáveis das redes sociais. Embora essas plataformas ofereçam vantagens, como a manutenção de vínculos sociais, elas também podem agravar vulnerabilidades psicológicas.

O estudo também destaca a responsabilidade das empresas de tecnologia nessa questão. Modelos algorítmicos que favoreçam conteúdos menos estressantes poderiam ser considerados para limitar os efeitos nocivos na saúde mental.

As pesquisas continuam para entender por que alguns indivíduos são mais afetados do que outros. Esses trabalhos têm como objetivo identificar os perfis mais vulneráveis e propor estratégias preventivas, tanto para os usuários quanto para os desenvolvedores das plataformas.

Ao final, este estudo nos convida a repensar nosso relacionamento com as redes sociais e a adotar uma abordagem mais consciente de seu uso, tanto em nível individual quanto coletivo.

Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: Journal of Medical Internet Research
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