Quando os dias bonitos retornam e as noites aquecem, muitos aproveitam o céu limpo para observar as estrelas. E frequentemente, notamos que elas parecem mais brilhantes e mais numerosas no verão do que no inverno. Mas será uma simples impressão ou uma realidade científica?
Imagem ilustrativa Pixabay
A resposta está tanto na nossa atmosfera quanto na posição das estrelas no céu nessa estação. No verão, o ar geralmente é mais quente e seco, tornando-o mais estável e transparente. A luz das estrelas atravessa, portanto, menos camadas de ar turbulentas ou úmidas do que no inverno, o que nos dá a impressão de que elas cintilam menos e brilham mais.
Além disso, o verão frequentemente oferece céus mais limpos. As noites são certamente mais curtas, mas também são mais propícias para observações, pois saímos mais e aproveitamos mais facilmente o céu noturno.
Mas há também uma razão astronômica: o céu de verão é particularmente rico em estrelas brilhantes. Constelações como a Lira (com Vega), a Águia (com Altair) e o Cisne reúnem algumas das estrelas mais luminosas visíveis a olho nu.
A Via Láctea é visível durante todo o ano, mas é no verão que podemos avistar sua parte mais densa e espetacular, que aponta para o centro galáctico, localizado na direção da constelação de Sagitário. Embora esse centro galáctico esteja mais alto no céu no hemisfério sul, ele permanece observável no hemisfério norte, porém mais baixo no horizonte. Essa parte mais luminosa da Via Láctea contribui para a sensação de um céu mais rico e mais brilhante no verão.
Se as estrelas parecem mais brilhantes no verão, é graças a uma atmosfera mais favorável à observação e a um arranjo celeste particularmente generoso em estrelas luminosas. Um verdadeiro presente da natureza que transforma nossas noites de verão em uma abóbada celeste para contemplar.