Cada primavera, milhões de pessoas sofrem devido ao pólen. Esse pó fino produzido pelas plantas causa alergias sazonais em algumas pessoas. Mas por quê?
A reação alérgica
A alergia ao pólen, ou rinite alérgica sazonal, é uma reação exagerada do sistema imunológico. Normalmente, esse sistema protege contra invasores perigosos como bactérias e vírus. Em pessoas alérgicas, esse sistema reage também a substâncias inofensivas como o pólen.
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Quando o pólen entra em contato com as mucosas dos olhos, nariz ou vias respiratórias, o sistema imunológico produz anticorpos chamados imunoglobulinas E (IgE). Esses anticorpos se fixam a células específicas chamadas mastócitos.
Em uma exposição subsequente ao pólen, as IgE reconhecem o pólen e desencadeiam a liberação de substâncias químicas como a histamina, provocando sintomas alérgicos como espirros, coceira, lacrimejamento e congestão nasal.
Os fatores genéticos e ambientais
A propensão a desenvolver alergias é frequentemente hereditária. Se um ou ambos os pais são alérgicos, há uma forte probabilidade de que seus filhos também sejam.
No entanto, os fatores ambientais também desempenham um papel crucial. Uma introdução tardia e uma exposição reduzida aos alérgenos durante a infância podem aumentar o risco de desenvolver alergias mais tarde. Além disso, a diminuição da exposição a micróbios devido a uma higiene elevada pode contribuir para o aumento das alergias.
Essa hipótese, conhecida como hipótese da higiene, sugere que quanto menos o sistema imunológico é exposto a patógenos reais, mais ele é suscetível de reagir de forma excessiva a substâncias inofensivas como o pólen.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico de uma alergia ao pólen é geralmente feito por meio de testes cutâneos ou exames de sangue realizados por um alergologista. Os tratamentos incluem anti-histamínicos, descongestionantes e corticosteroides nasais. A imunoterapia, que consiste em expor gradualmente a pessoa a doses crescentes do alérgeno, também pode ser considerada para diminuir a sensibilidade.