Adrien - Quarta-feira 12 Junho 2024

Phoenix: um exoplaneta com uma aparência surpreendente

Um exoplaneta inusitado, apelidado de Phoenix, desafia as teorias existentes sobre a degradação atmosférica de planetas próximos a gigantes vermelhas. Apesar de seu ambiente hostil, este planeta mantém uma atmosfera espessa, abalando as concepções sobre a evolução e a morte dos planetas em condições tão extremas.


Representação artística de TIC365102760 b, apelidada de Phoenix por sua capacidade de sobreviver às intensas radiações de uma gigante vermelha próxima.
Crédito: Roberto Molar Candanosa/Universidade Johns Hopkins

Descoberta recentemente, Phoenix apresenta uma atmosfera surpreendentemente expandida, apesar da proximidade de sua estrela hospedeira. Esse fenômeno leva os cientistas a repensar os modelos de envelhecimento e desintegração dos planetas, especialmente aqueles expostos a radiações intensas.


Liderados por Sam Grunblatt da Universidade Johns Hopkins, os pesquisadores ficaram surpresos com a atmosfera volumosa e pouco densa deste planeta. Phoenix, classificada entre os raros "Netunos quentes", é menor, mais antiga e mais quente do que o esperado, questionando a compreensão da evolução dos sistemas planetários no final da vida estelar.

As conclusões mostram que o processo de desnudamento atmosférico de Phoenix é muito mais lento do que o previsto. Este planeta, cerca de 60 vezes menos denso que os "Netunos quentes" mais densos, provavelmente não sobreviverá mais de 100 milhões de anos antes de se desintegrar em uma trajetória espiral em direção a sua estrela gigante.

A equipe de Grunblatt desenvolveu um método inovador para refinar os dados do satélite TESS da NASA, combinando-os com medições adicionais do observatório W.M. Keck no Havaí. Essa abordagem permitiu uma melhor compreensão da evolução das atmosferas planetárias, incluindo a da Terra em um futuro distante.


Representação artística de Phoenix, um raro planeta descoberto pelos cientistas da Universidade Johns Hopkins.
Crédito: Roberto Molar Candanosa/Universidade Johns Hopkins

A raridade de planetas expandidos como Phoenix torna sua descoberta valiosa para os cientistas. A equipe de Grunblatt já está procurando outros candidatos em potencial usando sua nova técnica, na esperança de enriquecer a compreensão da evolução atmosférica dos exoplanetas.

Fonte: The Astronomical Journal
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