Pesquisadores acabam de revelar um mecanismo biológico intrigante que explica por que o jejum intermitente retarda o envelhecimento.
No centro desta descoberta está a espermidina, uma molécula naturalmente presente em nossas células, que desempenha um papel crucial na reciclagem dos componentes celulares, um processo essencial para a longevidade.
Liderada pelo Dr. Nektarios Tavernarakis, uma equipe internacional demonstrou que o jejum intermitente aumenta os níveis de espermidina nas células. Esta molécula ativa um processo chamado autofagia, que limpa e recicla as partes defeituosas das células. Este processo é crucial para retardar o envelhecimento e prevenir doenças relacionadas à idade, como diabetes ou doenças cardíacas.
A autofagia atua como um mecanismo de limpeza interna, evitando a acumulação de resíduos celulares que aceleram o envelhecimento. Ao aumentar os níveis de espermidina, o jejum intermitente promove um funcionamento ideal deste processo, o que pode explicar seus efeitos benéficos para a saúde e longevidade.
Os pesquisadores observaram esses efeitos em diferentes organismos, desde leveduras até células humanas, passando por ratos. Quando a produção de espermidina é bloqueada, os benefícios do jejum intermitente desaparecem, confirmando a importância desta molécula para a manutenção da juventude celular.
Crédito: Foundation for Research and Technology - Hellas
Este estudo destaca que o mecanismo pelo qual a espermidina regula a autofagia está presente em muitas espécies, o que demonstra que se trata de um processo fundamental para a sobrevivência e bem-estar dos organismos.
Assim, essa descoberta abre caminho para novas abordagens para retardar o envelhecimento e melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas, apoiando-se em mecanismos naturais de regulação celular.
Fonte: Nature Cell Biology