Redbran - Quarta-feira 15 Maio 2024

Os exemplos de guerras e assassinatos entre chimpanzés

O comportamento guerreiro, frequentemente percebido como uma característica humana, também se manifesta em nossos parentes mais próximos, os chimpanzés. Esta descoberta, principalmente derivada dos trabalhos de Jane Goodall na Tanzânia, revela que esses primatas compartilham conosco tendências à violência organizada e mortal.


Nos anos 70, Goodall observou um conflito prolongado entre duas comunidades de chimpanzés no Parque Nacional de Gombe, que durou quatro anos. Este conflito, marcado por assassinatos brutais, resultou na tomada de território pelo grupo vencedor. Essas observações destacaram a capacidade dos chimpanzés de formarem alianças políticas complexas e de travarem combates por recursos e posições hierárquicas, de maneira similar aos motivos humanos de guerra.

Os chimpanzés de Kibale, em Uganda, também demonstram comportamentos guerreiros. Eles praticam patrulhas organizadas e foram observados cometendo infanticídios durante suas incursões, lembrando a brutalidade dos conflitos humanos. Esses comportamentos não estão isolados apenas às interações entre comunidades rivais, mas também aparecem em tensões internas, como exemplificado pelo ataque e assassinato de um antigo macho alfa isolado no Senegal, revelando uma crueldade rara e chocante.

Estas descobertas convidam a uma reflexão sobre as raízes da violência e da guerra. Elas questionam nossa presumida superioridade moral e sugerem que nossos instintos mais sombrios podem estar mais profundamente enraizados em nosso legado evolutivo do que se pensava.

O estudo dos comportamentos dos chimpanzés nos oferece, portanto, uma janela preciosa sobre nossa própria natureza e sobre as possíveis origens de nossos comportamentos mais destrutivos.

Fonte: Lice Science
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