Adrien - Quinta-feira 11 Abril 2024

Os dinossauros contradizem este princípio científico

Um estudo recente questiona a regra de Bergmann, um princípio científico do século XIX que afirma que animais vivendo em climas mais frios e em latitudes mais elevadas tendem a ser maiores do que seus parentes próximos que residem em climas mais quentes.

Este estudo, realizado por cientistas da Universidade do Alasca Fairbanks e da Universidade de Reading, revela que a evolução dos tamanhos corporais entre dinossauros e mamíferos não pode ser atribuída somente à latitude ou à temperatura.


Lauren Wilson, estudante de pós-graduação na UAF e uma das principais autoras do estudo, destacou que a regra de Bergmann se aplica apenas a uma subcategoria de animais homeotérmicos (aqueles que mantêm uma temperatura corporal estável), e isso, considerando apenas a temperatura e negligenciando outras variáveis climáticas. Isso sugere que a regra de Bergmann é mais a exceção do que a norma.


O estudo começou com uma simples questão sobre a aplicação da regra de Bergmann aos dinossauros. Após examinar centenas de dados do registro fóssil, a resposta se mostrou claramente negativa. Os pesquisadores incluíram em seu conjunto de dados os dinossauros mais ao norte conhecidos, encontrados na Formação de Prince Creek no Alasca, que viveram em condições de congelamento e nevasca. Apesar disso, não encontraram nenhum aumento notável no tamanho corporal desses dinossauros do Ártico.

Ao aplicar a mesma avaliação a mamíferos modernos e aves, descendentes de mamíferos pré-históricos e dinossauros, os resultados foram semelhantes: a latitude não previa o tamanho corporal nas espécies modernas de aves e mamíferos. Havia uma pequena correlação entre o tamanho corporal das aves modernas e a temperatura, mas isso não se aplicava às aves pré-históricas.

Esta pesquisa demonstra a importância de usar o registro fóssil para testar regras e hipóteses científicas atuais, destacando que os ecossistemas modernos não podem ser plenamente compreendidos sem levar em conta suas raízes evolutivas.

Fonte: Nature Communications
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