Cédric - Terça-feira 11 Fevereiro 2025

Observação surpreendente perto das costas do diabo negro das profundezas 🐡

Ao largo de Tenerife, uma criatura das profundezas marinhas fez uma aparição surpreendente perto da superfície. O diabo negro das profundezas, normalmente invisível ao olho humano, foi observado em plena luz do dia, oferecendo uma oportunidade única de estudar esse predador ainda misterioso.

Essa observação, realizada pela ONG Condrik Tenerife, levanta questões entre os cientistas sobre as razões dessa subida incomum. O diabo negro, ou Melanocetus johnsonii, vive normalmente nas profundezas, entre 200 e 2.000 metros de profundidade, onde a escuridão reina absoluta.



Um predador adaptado à escuridão


O diabo negro é equipado com um chamariz bioluminescente, produzido por bactérias simbióticas, para atrair suas presas. Essa adaptação permite que ele cace eficientemente em um ambiente onde a luz do Sol nunca penetra.

Sua aparência, frequentemente comparada à de um monstro marinho, o torna um dos peixes mais intrigantes das profundezas. No entanto, seu tamanho é modesto, bem distante das representações às vezes exageradas do cinema.

Por que uma subida?


Várias hipóteses são levantadas para explicar essa aparição na superfície. Uma corrente ascendente, uma fuga diante de um predador ou uma doença poderiam ter perturbado seu comportamento natural.

O espécime observado apresentava sinais de estresse físico e sobreviveu apenas algumas horas após sua subida. Seu estado sugere que essa excursão em águas rasas foi involuntária.

Uma oportunidade científica inédita



Essa observação é considerada uma primeira mundial. Até agora, apenas espécimes mortos ou larvas haviam sido estudados. O diabo negro foi transferido para o Museu da Natureza e Arqueologia de Tenerife para análises aprofundadas.

Os pesquisadores esperam aprender mais sobre seu modo de vida e as razões de sua subida. Essa descoberta destaca a importância de proteger os ecossistemas marinhos, ainda amplamente desconhecidos.

Um lembrete da fragilidade dos oceanos


Esse evento destaca os impactos potenciais das mudanças climáticas e das atividades humanas nos habitats abissais. A poluição por plásticos e a pesca em águas profundas poderiam perturbar esses ambientes únicos.

Proteger esses ecossistemas requer medidas concretas, como a redução de resíduos plásticos e a criação de reservas marinhas. Essas ações são essenciais para preservar a biodiversidade das profundezas.

Para ir mais longe: O que é a bioluminescência marinha?


A bioluminescência é um fenômeno natural em que organismos vivos produzem luz por meio de reações químicas. Nos oceanos, muitas espécies, como o diabo negro das profundezas, usam essa capacidade para sobreviver na escuridão das profundezas.

Essa luz é frequentemente produzida por bactérias simbióticas ou por células especializadas chamadas fotócitos. Ela serve para atrair presas, comunicar-se ou camuflar-se.

As criaturas bioluminescentes são particularmente abundantes nas profundezas, onde a luz do Sol não penetra. Sua adaptação a esse ambiente extremo as torna objetos de estudo para os cientistas.

A bioluminescência desempenha um papel importante nos ecossistemas marinhos. Ela influencia as cadeias alimentares e os comportamentos das espécies, além de oferecer pistas sobre a saúde dos oceanos.

Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: Condrik Tenerife
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