Adrien - Quarta-feira 24 Janeiro 2024

Miniaturização e industrialização de memórias quânticas: uma virada decisiva

As tecnologias quânticas prometem revolucionar a maneira como trocamos informações. Na vanguarda desta revolução, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Basileia, sob a liderança do Professor Philipp Treutlein, deu um passo decisivo ao desenvolver um elemento de memória quântica, potencialmente adaptável para produção em massa.


Pulsos de luz podem ser armazenados e recuperados nesta célula de vidro, preenchida com átomos de rubídio e de apenas alguns milímetros.
Crédito: Universidade de Basileia, Departamento de Física/Scixel

Sua invenção usa fótons, partículas de luz ideais para transmitir informações quânticas. Em seu estudo publicado na revista Physical Review Letters, eles descrevem como conseguiram armazenar e recuperar informações quânticas em uma célula de poucos milímetros, cheia de átomos de rubídio, com um processo industrializável.


Para obter uma quantidade suficiente de átomos de rubídio, os pesquisadores aquecem a célula a 100°C. Esse aumento de temperatura eleva a pressão, permitindo uma densidade de átomos adequada para o armazenamento quântico. Além do calor, um campo magnético com intensidade de 1 tesla, bem superior ao campo magnético terrestre, é utilizado. Este campo altera os níveis de energia atômica, facilitando o armazenamento dos fótons por meio do uso de um feixe laser adicional.

Este progresso abre caminho para a produção em massa de cerca de 1000 memórias quânticas em um único wafer, um avanço significativo para a aplicação prática dessas tecnologias. O próximo passo para a equipe de Treutlein será armazenar fótons individuais nessas células miniaturizadas, ao mesmo tempo que otimizam seu formato para prolongar o armazenamento dos fótons e preservar seus estados quânticos.

Fonte: Physical Review Letters
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