O chocolate, apreciado por seus sabores ricos e potenciais benefícios para a saúde, continua a gerar debates. No ano passado, o
Consumer Reports alertou sobre marcas de chocolate amargo contendo quantidades perigosas de chumbo e cádmio.
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Em um novo estudo, pesquisadores da Universidade Tulane analisaram 155 chocolates amargos e ao leite, provenientes de marcas vendidas nos Estados Unidos, buscando 16 metais pesados, daqueles tóxicos como chumbo e cádmio, aos essenciais como cobre e ferro. Os resultados mostram que o consumo diário de chocolate amargo é seguro para adultos, embora algumas barras possam representar risco para crianças pequenas.
O estudo mostrou que apenas uma marca de chocolate amargo ultrapassava o limite internacional de cádmio, a ingestão de quatro barras dessa marca poderia gerar níveis de cádmio perigosos para crianças com menos de 15 kg. Contudo, é raro que uma criança coma mais de duas barras de chocolate por semana, segundo Tewodros Godebo, autor principal do estudo.
A ingestão de duas barras de chocolate de uma marca ultrapassava as normas californianas para chumbo, mas não apresentava riscos significativos para adultos ou crianças.
Ampliando a amostra e testando 16 metais, este estudo também avaliou a ingestão nutricional de minerais essenciais. Os chocolates amargos continham altos níveis de cobre, ferro, manganês, magnésio e zinco, com algumas amostras cobrindo mais de 50% das necessidades diárias desses minerais. Além disso, esses minerais podem reduzir a absorção de metais tóxicos no intestino.
Os pesquisadores observaram que o chumbo no chocolate provém principalmente do processamento pós-colheita, enquanto o cádmio vem do solo. Os chocolates da América do Sul continham níveis mais elevados desses metais comparados aos da Ásia e da África Ocidental, mas sem risco com consumo moderado.
Fonte: Food Research International