Adrien - Quarta-feira 1 Outubro 2025

📢 Gravidade do zumbido estaria ligada ao humor, ao sono e... à personalidade

Um novo estudo revela que a gravidade do zumbido dependeria do humor, da qualidade do sono e até de certos traços de personalidade.

Os zumbidos são assobios ou zunidos persistentes nos ouvidos, que afetam cerca de 14% dos adultos em todo o mundo. Eles estão ligados à perda auditiva, e seus efeitos variam de pessoa para pessoa.


Para entender melhor suas repercussões, uma equipe de pesquisa da Universidade McGill desenvolveu um modelo preditivo, em colaboração com colegas do Instituto Pasteur em Paris.

"Algumas pessoas não se incomodam nada com o zumbido, enquanto para outras ele representa uma deficiência importante. Este modelo permite prever os sintomas que podem piorar e possibilita uma intervenção precoce", explica Etienne Vachon-Presseau, autor principal, membro do Centro Alan-Edwards de Pesquisa sobre a Dor da Universidade McGill e professor associado da Faculdade de Medicina Dentária e Ciências da Saúde Oral.


Para realizar o estudo, publicado na Nature Communications, a equipe analisou dados sobre a saúde e o comportamento de cerca de 200.000 pessoas usando modelos de inteligência artificial para identificar tendências.

Ao aplicar o modelo a outro grupo de pacientes, a equipe confirmou que os principais sinais de alerta de um zumbido severo eram fadiga frequente, dificuldade para dormir a noite toda, humor deprimido e um alto nível de neuroticismo.

A perda auditiva mostrou-se o fator preditivo mais importante para o aparecimento da condição, mas a gravidade do zumbido estava mais estreitamente ligada a traços psicológicos e comportamentais. Os cientistas explicaram essa conclusão destacando que, assim como a dor, o zumbido é uma experiência subjetiva.

"O desconforto causado por essa sensação auditiva depende, portanto, do que acontece dentro do organismo, mas também de como o cérebro processa essa sensação e reage a ela, o que é em parte determinado por fatores pessoais", acrescenta o Prof. Vachon-Presseau.

Fonte: Universidade McGill
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