Adrien - Quinta-feira 6 Fevereiro 2025

Existiriam bilhões de buracos negros escondidos 🌀

Os buracos negros supermassivos, esses gigantes cósmicos escondidos no coração das galáxias, continuam a intrigar os cientistas. Um estudo recente, combinando dados dos telescópios IRAS e NuSTAR da NASA, revela que mais de um terço desses monstros cósmicos estão escondidos atrás de espessas camadas de gás e poeira, um número bem superior às estimativas anteriores.

Essa descoberta, publicada na The Astrophysical Journal, sugere que 35% dos buracos negros supermassivos estão fortemente obscurecidos, uma porcentagem que desafia os modelos atuais sobre o crescimento das galáxias. Os pesquisadores exploraram os arquivos infravermelhos do IRAS, um telescópio dos anos 80, para identificar esses objetos ocultos, e depois usaram o NuSTAR para confirmar sua presença por meio de observações em raios X.


Conceito artístico de um buraco negro supermassivo cercado por um toro de poeira, visto em diferentes comprimentos de onda.
Crédito: NASA/JPL-Caltech


O estudo destaca a importância dos arquivos astronômicos e da combinação de observações em diferentes comprimentos de onda para desvendar os segredos do Universo. Os buracos negros supermassivos, embora invisíveis diretamente, influenciam profundamente a estrutura e a evolução das galáxias que os abrigam.

Os pesquisadores também descobriram que esses buracos negros escondidos desempenham um papel crucial na regulação da formação de estrelas. Ao absorver ou expelir matéria, eles podem alterar a dinâmica das galáxias, um processo ainda pouco compreendido, mas essencial para determinar a evolução cósmica.

Este estudo abre novas perspectivas sobre a compreensão dos buracos negros supermassivos e seu impacto no Universo. Ele também enfatiza a importância de missões espaciais como o NuSTAR, que permitem observar o Universo em comprimentos de onda inacessíveis da Terra.

Por fim, os pesquisadores esperam que essas descobertas incentivem novos estudos para refinar os modelos cosmológicos e entender melhor os mecanismos que regem o crescimento das galáxias e dos buracos negros supermassivos que elas abrigam.

Como os buracos negros supermassivos influenciam as galáxias?


Os buracos negros supermassivos, localizados no centro das galáxias, desempenham um papel crucial na evolução das galáxias. Ao absorver matéria, eles podem gerar jatos de partículas e ventos poderosos que redistribuem gás e poeira. Esse processo pode estimular ou inibir a formação de novas estrelas, influenciando assim a estrutura e a dinâmica da galáxia hospedeira.

As interações entre os buracos negros supermassivos e sua galáxia hospedeira são uma área de pesquisa ativa. Os cientistas buscam entender como essas interações variam de acordo com a massa do buraco negro, a quantidade de matéria disponível para acreção e as propriedades da galáxia em si.

Por que alguns buracos negros supermassivos estão escondidos?



Alguns buracos negros supermassivos estão cercados por um espesso toro de gás e poeira, o que pode torná-los invisíveis em certos comprimentos de onda. Esse fenômeno ocorre devido à orientação do toro em relação à nossa linha de visão: se o toro é visto de lado, ele bloqueia a luz emitida pelo disco de acreção ao redor do buraco negro.

Essa obscuração pode variar dependendo da atividade do buraco negro e da quantidade de matéria disponível para formar o toro. Buracos negros supermassivos ativos, que acretam grandes quantidades de matéria, são mais propensos a serem cercados por um toro espesso.

As observações no infravermelho e nos raios X permitem penetrar essa obscuração. O infravermelho pode revelar o calor emitido pelo toro, enquanto os raios X de alta energia podem atravessar o toro e atingir os detectores, oferecendo assim um vislumbre das regiões mais internas ao redor do buraco negro.

Fonte: The Astrophysical Journal
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