Adrien - Segunda-feira 19 Maio 2025

Estudo: não apenas ouvimos música, mas nos tornamos um com ela 🎵

Um estudo internacional sugere que nosso cérebro e corpo não apenas percebem a música: eles entram fisicamente em ressonância com ela. Essa descoberta, baseada em resultados de pesquisas em neurociência, música e psicologia, sustenta a teoria da ressonância neural (TRN).


A TRN postula que as experiências musicais, em vez de depender de suposições ou previsões, surgem das oscilações naturais do cérebro que se sincronizam com o ritmo, a melodia e a harmonia. Essa ressonância molda o prazer musical, o senso de ritmo e a predisposição para dançar seguindo o tempo.

"Segundo essa teoria, a música produz seu efeito não apenas porque chega aos nossos ouvidos, mas porque se torna uma coisa só com nosso cérebro e corpo", explicou Caroline Palmer, professora do Departamento de Psicologia da Universidade McGill e diretora do Laboratório de Produção Sequencial. "Isso tem implicações significativas nos campos terapêutico, educacional e tecnológico. O estudo, publicado na Nature Reviews Neuroscience, é o primeiro a apresentar um panorama completo da TRN em um único artigo", acrescentou.


A TRN sugere que estruturas como pulsação e harmonia refletem padrões estáveis de ressonância no cérebro, comuns a todas as pessoas, independentemente de sua formação musical. De acordo com a TRN, a maneira como percebemos e produzimos música estaria ligada aos princípios dinâmicos fundamentais dos mecanismos do cérebro humano, que atuam desde o ouvido até a medula espinhal e os movimentos dos membros.

Na opinião da equipe de pesquisa, essa teoria pode ter várias aplicações:
- Ferramentas terapêuticas para condições como derrames, doença de Parkinson e depressão
- Inteligência artificial (IA) emocionalmente inteligente, capaz de reagir à música ou produzi-la como seres humanos
- Novas tecnologias de aprendizagem para apoiar o ensino de ritmo e tonalidade
- Visão intercultural das razões pelas quais a música aproxima as pessoas em todo o mundo

O estudo foi liderado por Edward Large (Universidade de Connecticut), em conjunto com Caroline Palmer.

Fonte: Universidade McGill
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