Adrien - Quarta-feira 27 Março 2024

Este novo "super-diamante" é 30% mais resistente que os diamantes conhecidos

Cientistas simularam uma forma teórica de carbono, potencialmente mais resistente que o diamante. O diamante é conhecido por ser o material mais duro da Terra, mas o BC8 poderia superar sua resistência em 30%.

O BC8, um cristal composto por oito átomos de carbono, destaca-se pela sua capacidade de resistir a uma compressão superior em 30% à dos diamantes. No entanto, sua síntese em laboratório ainda permanece um desafio, com tentativas atuais não tendo sido bem-sucedidas.


Ilustração da estrutura possível do BC8, revelada por novas simulações em supercomputador.
Crédito: Mark Meamber/LLNL

Uma simulação recente demonstrou que sua criação seria possível apenas sob condições de pressão e temperatura muito específicas. Essa descoberta, publicada em The Journal of Physical Chemistry Letters em janeiro, poderia lançar luz sobre a formação do BC8 no coração de exoplanetas ricos em carbono.


Esses exoplanetas, sob condições extremas, poderiam favorecer a aparição de estruturas carbonáceas como o diamante e o BC8. Ivan Oleynik, professor de física na Universidade do Sul da Flórida e autor principal do estudo, enfatiza a importância de entender o BC8 para modelar precisamente o interior desses exoplanetas distantes.

Para desvendar os mistérios do BC8, os pesquisadores utilizaram o Frontier, um supercomputador localizado no Oak Ridge Leadership Computing Facility, para simular bilhões de átomos de carbono sob várias condições. Seu estudo revela que o BC8 seria extremamente estável sob pressões superiores a 1.250 gigapascals, mais de 12 milhões de vezes a pressão atmosférica da Terra, mantendo-se estável a temperaturas ambiente uma vez formado.

A estrutura atômica do BC8, similar à do diamante mas sem seus planos de clivagem, que são os pontos fracos das gemas, indica uma resistência superior. Esse novo entendimento da formação e estabilidade do BC8 motiva os pesquisadores a tentarem novamente sua síntese. O Laboratório Nacional de Ignição Lawrence Livermore (LLNL) explora métodos que envolvem altas pressões, incluindo o lançamento de diamantes um contra o outro a velocidades superiores a 72.000 km/h.

Fonte: The Journal of Physical Chemistry Letters
Ce site fait l'objet d'une déclaration à la CNIL
sous le numéro de dossier 1037632
Informations légales