Os pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém combinaram teoria, modelagem e experimentação para entender o crescimento das pétalas das rosas. Seus trabalhos, publicados na
Science, revelam a influência de uma incompatibilidade geométrica na morfologia final da flor.
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A incompatibilidade chamada Mainardi-Codazzi-Peterson impede que as pétalas sigam sua curvatura natural, criando bordas afiadas e cúspides. Esse fenômeno contrasta com o observado na maioria das outras flores, sujeitas à incompatibilidade de Gauss.
A incompatibilidade de Mainardi-Codazzi-Peterson descreve uma situação em que as condições geométricas necessárias para a coerência de uma superfície são violadas. No caso das pétalas de rosa, isso impede uma curvatura uniforme, levando à formação de estruturas incomuns.
Ela difere da incompatibilidade de Gauss, mais comum na natureza, que produz padrões ondulados sem bordas afiadas.
Geometria das pétalas de rosa
Simulações numéricas e discos de plástico flexível permitiram validar as hipóteses dos cientistas. Eles destacam o caráter único das rosas no reino vegetal, com implicações potenciais para materiais com mudança de forma controlada.
Fonte: Science