Adrien - Sábado 14 Junho 2025

💥 A colisão entre a nossa Via Láctea e a galáxia de Andrômeda posta em questão

A colisão entre a Via Láctea e Andrômeda, há muito considerada inevitável, pode finalmente não ocorrer. Simulações recentes questionam essa previsão, abrindo novas perspectivas sobre o destino da nossa galáxia.

Os astrônomos acreditavam até agora que a Via Láctea e Andrômeda, sua vizinha espiral mais próxima, colidiriam em cerca de 5 bilhões de anos. Essa fusão deveria dar origem a uma nova galáxia, apelidada de 'Milkomeda'. No entanto, um estudo recente publicado na Nature Astronomy revela que esse encontro não é mais tão certo.


A equipe de pesquisa, liderada por Til Sawala da Universidade de Helsinque, utilizou dados atualizados do telescópio espacial Hubble e da missão Gaia da ESA. Essas informações permitiram simular com maior precisão os movimentos futuros das duas galáxias. Os resultados mostram uma probabilidade de apenas 50% para uma fusão nos próximos 10 bilhões de anos.


As simulações também levam em conta a influência gravitacional da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã que orbita a Via Láctea. Essa inclusão altera significativamente as previsões anteriores, reduzindo as chances de uma colisão frontal entre a Via Láctea e Andrômeda para menos de 2%.

Segundo os pesquisadores, se as duas galáxias passarem a menos de 500.000 anos-luz uma da outra, uma fusão ainda pode ocorrer. Caso contrário, elas continuariam sua evolução de forma isolada. Essa incerteza destaca a importância de observações futuras para refinar os modelos.

Paradoxalmente, o estudo sugere que a Via Láctea tem uma alta probabilidade de se fundir com a Grande Nuvem de Magalhães nos próximos 2 bilhões de anos. Esse evento poderia influenciar ainda mais a trajetória da nossa galáxia, tornando ainda mais incerto um possível encontro com Andrômeda.

Os próximos dados do Gaia e do Hubble devem trazer esclarecimentos sobre esses cenários. Os cientistas aguardam ansiosamente essas informações para entender melhor o destino cósmico da nossa galáxia e de suas vizinhas.

O que influencia a trajetória das galáxias?


A trajetória de uma galáxia é determinada principalmente pelas forças gravitacionais exercidas por objetos massivos ao seu redor. Isso inclui outras galáxias, aglomerados de galáxias e até mesmo a matéria escura invisível que compõe grande parte do Universo.

As interações gravitacionais podem alterar a velocidade e a direção de uma galáxia, às vezes de forma significativa. Por exemplo, a Grande Nuvem de Magalhães, embora muito menor que a Via Láctea, tem um impacto notável em seu movimento.

As simulações computacionais desempenham um papel fundamental na compreensão dessas dinâmicas complexas. Elas permitem que os cientistas prevejam como as galáxias evoluirão ao longo de bilhões de anos, considerando múltiplos fatores.

No entanto, esses modelos dependem fortemente da precisão dos dados observacionais. Medições mais exatas das posições e velocidades das galáxias melhoram consideravelmente a confiabilidade das previsões.

Por que a fusão de galáxias é importante?



As fusões galácticas são eventos importantes na evolução do Universo. Elas podem desencadear a formação de novas estrelas e modificar radicalmente a estrutura das galáxias envolvidas.

Quando duas galáxias se fundem, suas estrelas e gases interagem, muitas vezes sem colisões diretas devido às vastas distâncias entre os objetos. No entanto, as forças gravitacionais podem comprimir nuvens de gás, favorecendo o nascimento de estrelas.

Esses eventos também podem levar à formação de galáxias elípticas, que diferem das espirais como a Via Láctea em sua forma e população estelar. Compreender esses processos ajuda os astrônomos a reconstruir a história do Universo.

Fonte: Nature Astronomy
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