O canabidiol, proveniente do cânhamo, pode se tornar uma peça chave na luta contra os mosquitos. Em menos de 48 horas, ele elimina as larvas desses insetos. Uma nova abordagem promissora!
Pesquisadores americanos observaram que mesmo uma quantidade ínfima de CBD matava as larvas. Uma arma natural e eficaz contra pragas.
Os cientistas testaram várias concentrações de extrato de cânhamo em larvas de mosquitos. Os resultados mostraram que até mesmo mosquitos resistentes aos inseticidas convencionais não sobrevivem.
O processo é simples: folhas de cânhamo são trituradas e mergulhadas em uma solução de metanol. Essa mistura, rica em canabidiol, é então incorporada na alimentação das larvas.
Os mosquitos, que estão proliferando com o aquecimento global, são vetores de doenças graves como dengue e Zika. Eliminá-los na fase larval é, portanto, essencial para evitar sua propagação.
O CBD surge então como uma solução menos poluente e mais sustentável do que os inseticidas atuais. Além disso, o cultivo do cânhamo é relativamente econômico.
No entanto, mais estudos são necessários para verificar o impacto do CBD sobre polinizadores como as abelhas. De fato, seria crucial garantir que seu uso no combate aos mosquitos não afete esses outros animais: uma eliminação massiva desses insetos poderia desequilibrar os ecossistemas.
Os pesquisadores esperam que essa descoberta incentive o desenvolvimento de novos métodos de combate aos mosquitos, sem efeitos colaterais indesejados para o meio ambiente.
O que é o CBD e por que ele está sendo usado para combater os mosquitos?
O canabidiol (CBD) é um composto químico extraído do cânhamo, uma planta relacionada à cannabis. Ao contrário do THC, ele não possui efeito psicoativo, o que significa que não altera a percepção ou as funções cognitivas.
O CBD é amplamente utilizado na área médica por suas propriedades calmantes, anti-inflamatórias e analgésicas. Na luta contra os mosquitos, ele mostrou uma capacidade inesperada de matar larvas, mesmo em concentrações muito baixas, interferindo potencialmente no metabolismo desses insetos.
Os pesquisadores acreditam que essa ação poderia impedir que as larvas de mosquitos se desenvolvessem em adultos, limitando assim a propagação das doenças que eles transmitem. Essa abordagem, que se revela mais natural que os inseticidas químicos, poderia ser aplicada em regiões particularmente afetadas por mosquitos resistentes às soluções convencionais.
Autor do artigo: Cédric DEPOND
Fonte: Insects