Adrien - Quinta-feira 5 Setembro 2024

O bóson de Higgs pode destruir o nosso Universo?

A estabilidade do nosso Universo, que perdura há 13,7 bilhões de anos, parece assegurada. No entanto, algumas pesquisas recentes revelam uma ameaça potencial ligada a uma partícula elementar: o bóson de Higgs.

Esta descoberta levanta questões sobre o futuro do Universo e sobre os modelos cosmológicos que usamos para descrevê-lo.


Imagem de ilustração Pixabay

Os físicos descobriram que o bóson de Higgs, que confere massa às partículas, pode não estar em seu estado de energia mais baixo. Isso poderia levar a uma mudança radical nas leis físicas em certas regiões do Universo, um fenômeno chamado transição de fase. No entanto, até agora, nenhum sinal sugere que isso já tenha ocorrido.

Pesquisas recentes exploraram o papel dos buracos negros primordiais, objetos teóricos que surgiram logo após o Big Bang, neste processo de transição de fase. Esses buracos negros, menores e mais leves do que aqueles formados pelo colapso de estrelas, poderiam ter provocado "bolhas" de espaço com leis físicas diferentes, ao interagirem com o campo de Higgs.


Felizmente, os modelos do Universo mostram que essas bolhas não se formaram, o que pode significar que os buracos negros primordiais nunca existiram, ou que algo no Universo impede que esse fenômeno ocorra. Este mistério permanece e levanta questões fundamentais sobre nossa compreensão das forças e partículas elementares.

Se a existência desses buracos negros primordiais fosse provada, isso poderia revelar novas partículas ou forças, ainda desconhecidas. Isso abriria perspectivas inexploradas sobre a estrutura e a evolução do Universo, aproximando-nos dos segredos que o regem.

Essas pesquisas destacam a importância de compreender as menores escalas do Universo para entender os fenômenos que podem ter moldado sua história, e talvez, prever seu futuro.

O Bóson de Higgs


O bóson de Higgs é uma partícula elementar descoberta em 2012 graças ao Grande Colisor de Hádrons (LHC) do CERN. Desempenha um papel fundamental no modelo padrão da física de partículas, pois é responsável pela massa das outras partículas.

Esta partícula está associada ao campo de Higgs, um campo energético que permeia todo o Universo. As partículas adquirem sua massa ao interagir com este campo, como um objeto que se move em um fluido mais ou menos viscoso.

A existência do bóson de Higgs confirma assim a presença deste campo, que é essencial para explicar por que algumas partículas têm massa e outras não. Sem esse mecanismo, as partículas elementares seriam ou sem massa ou todas de mesma massa, o que tornaria impossível a formação de átomos, moléculas e, consequentemente, da matéria tal como a conhecemos.

A descoberta do bóson de Higgs consolidou o modelo padrão, embora também abra caminho para novas questões e hipóteses sobre a física além deste modelo, como as interações com partículas ou forças ainda desconhecidas.

Fonte: The Conversation
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