A odisseia de Voyager 1, a sonda espacial da NASA lançada em 1977, está atualmente marcada por um desafio técnico importante. Apesar de uma missão que revolucionou nossa compreensão do espaço interestelar, Voyager 1 enfrenta uma falha de comunicação que põe em risco sua capacidade de transmitir dados para a Terra.
Vista da sonda Voyager 1.
Imagem NASA/JPL
Desde 14 de novembro último, Voyager 1 enfrenta dificuldades para enviar os dados coletados por seus instrumentos científicos. Os engenheiros da NASA estão trabalhando para corrigir um erro de computador que bloqueia a transmissão dos dados. Apesar dessas complicações, a sonda continua a receber e executar comandos da Terra, prosseguindo sua jornada através do espaço interestelar a mais de 24 bilhões de quilômetros de nosso planeta.
A nave espacial normalmente transmite os dados através de seu sistema de dados de voo, um dos três computadores a bordo. No entanto, um aparente mau funcionamento em sua Unidade de Modulação de Telemetria (TMU) levou ao envio de sequências de zeros repetidos ao invés do código binário usual. A correção dessa anomalia é dificultada pela idade avançada da sonda e sua considerável distância da Terra, exigindo 45 horas para que as comandos enviados recebam uma resposta.
A tecnologia a bordo do Voyager 1, projetada nos anos 1970, não está mais na vanguarda da modernidade, e muitos de seus esquemas não são digitalizados. Assim, a resolução do problema requer uma pesquisa minuciosa dos documentos originais, muitas vezes conservados em forma de papel. Suzanne Dodd, gerente do projeto Voyager, expressou a esperança, embora tênue, de restaurar a comunicação, apesar dos desafios apresentados pela perda dos designers originais da sonda e a necessidade de referir-se a documentação antiga.
Mesmo em caso de falha com Voyager 1, a NASA continua a comunicar-se com Voyager 2, sua nave irmã, que também alcançou o espaço interestelar em 2018. Além disso, a sonda New Horizons da NASA está prevista para deixar o sistema solar nos anos 2040, continuando a exploração do desconhecido.
Fonte: NASA