No fim de semana passado, foi possível observar auroras boreais em latitudes incomuns, até na França, Alemanha e no sul dos Estados Unidos. Habitualmente visíveis nas regiões polares, essas luzes iluminaram até os céus da Île-de-France, oferecendo um espetáculo raro.
Aurora boreal na noite de 10 para 11 de maio de 2024 em Estrasburgo - Imagem Wikimedia
As auroras boreais, ou "auroras polares", são fenômenos causados pela interação entre partículas carregadas do vento solar e a magnetosfera terrestre. Quando essas partículas atingem a atmosfera terrestre, elas excitam moléculas de gás, principalmente oxigênio e nitrogênio, provocando emissões de luz. As cores observadas variam de acordo com os gases envolvidos: verde e vermelho provêm do oxigênio, enquanto azul e violeta resultam do nitrogênio.
Esse espetáculo raro na Europa e nos Estados Unidos foi possibilitado por uma intensificação da atividade solar. Ejeções de massa coronal associadas a grandes erupções solares projetaram nuvens de partículas carregadas em direção à Terra. Essa intensificação alargou o oval auroral, permitindo que as auroras descessem a latitudes mais baixas.
As redes sociais fervilharam com fotos e vídeos desse espetáculo, capturados por amadores e fotógrafos profissionais. As condições meteorológicas favoráveis, com céus claros e pouca poluição luminosa, contribuíram para a visibilidade das auroras.
Se você perdeu esse espetáculo, novas oportunidades devem surgir e é preciso estar atento. Outras oportunidades para observar auroras boreais na Europa e nos Estados Unidos são prováveis nas próximas semanas e meses. A atividade solar segue um ciclo de cerca de 11 anos, e atualmente estamos nos aproximando de um máximo solar previsto para 2025.