Um recente estudo realizado por pesquisadores italianos conseguiu decifrar um antigo papiro que revela detalhes precisos sobre o local de sepultamento do filósofo grego Platão.
Este papiro, encontrado em Herculano, uma cidade antiga próxima a Pompeia, foi analisado com o auxílio de inteligência artificial e várias tecnologias avançadas de imagem.
Pesquisadores utilizaram diferentes tipos de tecnologias para decifrar o antigo papiro.
Crédito: Conselho Nacional de Pesquisas Italiano
Liderada por Graziano Ranocchia, filósofo da Universidade de Pisa, esta pesquisa conseguiu decifrar o texto preservado em fragmentos de papiro carbonizados pela erupção do Vesúvio em 79 d.C., que também destruiu Pompeia. O papiro faz parte da coleção da Biblioteca Nacional de Nápoles.
O texto, conhecido como "História da Academia", escrito por Filodemo de Gadara, filósofo epicurista que viveu entre 110 e 30 a.C., detalha a Academia fundada por Platão no século IV a.C. e revela aspectos de sua vida, incluindo seu local de enterro. Platão, famoso discípulo de Sócrates, foi sepultado em um jardim privado reservado para a sua escola, localizado próximo ao Museion, um local sagrado dedicado às Musas, no interior da Academia em Atenas.
Com estas técnicas modernas, os pesquisadores conseguiram identificar cerca de 1.000 palavras do texto, o que representa cerca de 30% do conteúdo escrito por Filodemo. Este texto também oferece uma visão das interações de Platão, mostrando seu desprezo pelas capacidades musicais de um músico bárbaro da Trácia.
Esta descoberta se soma a uma série de iniciativas que utilizam a IA para ler manuscritos antigos, destacando a importância dos avanços tecnológicos na compreensão do nosso passado cultural.
Fonte: Conselho Nacional de Pesquisas Italiano